domingo, 24 de abril de 2011

Fratura por estresse em corredores

Revista Contra-Relógio

Edição 198 - MARÇO 2010

Por EVELISE ZAIDAN e PRISCILA FRIAS

 

Os corredores costumam sofrer muitas fraturas por estresse, mas em compensação não são lesões muito sérias geralmente, bastando uma redução na intensidade dos treinos ou eventual parada por um período, para que elas desapareçam. Além disso, as fraturas por estresse são facilmente evitadas, desde que se fique atento aos sinais que o corpo nos passa.

O osso é um tecido rígido, mas suporta cargas, sofrendo pequenas deformidades elásticas para evitar fissuras. É como o comportamento de uma ponte quando passa um caminhão. Todos nós já percebemos que a ponte "balança", pois se ela fosse completamente rígida, seria mais fácil de ocorrer rachaduras, portanto esta deformação absorve as forças que atuam sobre ela.

 

Para se ter uma idéia da carga que nossos ossos suportam, na região dos quadris, por exemplo, caminhar produz uma carga 2,75 vezes o peso corporal, correr produz 5 vezes e saltar supera 10 vezes o peso do corpo. Com toda essa carga, o osso inevitavelmente sofre microlesões, mas possui grande capacidade de recuperação, antes que alguma lesão séria seja instalada.

 

A adaptação óssea ocorre em resposta ao número, frequência e intensidade da carga aplicada, dentre outros. Essa capacidade de recuperação é possível devido à constante remodelação óssea, isto é, renovação celular e está diretamente ligada a fatores hormonais e nutricionais.

 

É importante salientar que os ossos não suportam essas cargas sozinhos, já que elas também se dissipam em outras estruturas, como músculos, tendões e ligamentos, que para tal devem estar em condições adequadas.

 

Mas se o osso tem essa capacidade de recuperação, porque a fratura acontece? A fratura por estresse pode ocorrer mesmo que toda estrutura óssea esteja normal, sem nenhuma lesão prévia.

 

A recuperação do osso é possível apenas se as cargas aplicadas sobre ele não forem intensas demais, se a repetição/freqüência não for excessiva e principalmente se houver o intervalo necessário nas atividades, para que o tecido ósseo tenha tempo de se recuperar.

 

Além disso, a fratura por estresse pode ser resultado de uma série de eventos:

 

1) Carga e estresse excessivos: a maioria das fraturas por estresse surge quando há o aumento da carga e/ou freqüência dos exercícios em excesso ou no final de temporada de competições, quando o atleta passou por longos períodos de competições intensas sem repouso.

 

2) Fadiga muscular: os músculos também suportam grande parte destas cargas que envolvem estruturas ósseas, funcionado como um fator de proteção externo. E por serem estruturas menos rígidas, essas forças dissipam com mais facilidade, mas quando estão fadigados não realizam esse processo com tanta eficiência, deixando a tarefa para os ossos.

 

3) Postura inadequada: faz com que os músculos trabalhem em excesso para manter o bom equilíbrio muscular, aumentado a fadiga. Além disso, pode causar alterações na articulação, aumentando o estresse sobre determinados pontos focais, sem a adequada distribuição das cargas.

 

4) Terrenos muito duros e irregulares: o concreto devolve mais rapidamente a energia de impacto gerada com a descarga de peso do corpo sobre o solo, aumentando consideravelmente o impacto e exigindo muito mais da musculatura. Terrenos irregulares exigem constante mudança do ângulo de apoio dos pés/tornozelos.

 

5) Nível baixo de condicionamento físico que não suporta a carga de atividade que está sendo imposta.

 

6) Idade, distúrbios hormonais, desequilíbrios alimentares, osteoporose.

 

7) Diferença de comprimento de membros inferiores, alterações importante da marcha e corrida, reabilitação inadequada de lesões pregressas.

 

ONDE OCORRE? Em corredores, as fraturas por estresse acontecem em membros inferiores nas seguintes proporções: 34% na tíbia, 24% na região distal da fíbula distal (próximo ao tornozelo), 18% em diáfise do 2º e 3º metatarso, 14% em colo e diáfise do fêmur, 6% em pelve e 4% em outros ossos. Os corredores de velocidade apresentam um predomínio de fraturas de estresse de tíbia e fíbula.

 

 

QUAIS SÃO OS SINTOMAS? A dor, no início, aparece apenas após a atividade física. Conforme piora o quadro, a dor passa a ser percebida no meio das corridas de longa distância, e finalmente começa a aparecer no início da corrida, impossibilitando a atividade. Portanto, a dor vai progressivamente limitando, até impossibilitar totalmente a prática do esporte.

 

Dependendo da localização, um edema (inchaço) pode ser observado; é característica também dor à palpação, com mais intensidade, no local da fratura.

 

Os sintomas podem aparecer apenas de 4 a 5 semanas após o aumento da intensidade e/ou freqüência do treinamento, por isso é importante ficar atento.

 

 

COMO DIAGNOSTICAR? O mais importante para o diagnóstico é a história clínica e o exame clínico (palpação e alguns testes específicos feitos pelo profissional de saúde).

 

Exames de imagem também podem ser solicitados, a critério do médico. No raio-x, os sinais da fratura costuma aparecer apenas após 3 semanas do início dos sintomas, mas pode-se verificar pequenos sinais já da consolidação óssea ou não evidenciar nada.

 

Outros exames habitualmente solicitados são: cintilografia óssea, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.

 

 

TRATAMENTO. A primeira fase é a mais importante do tratamento. O repouso e a privação do esporte é fundamental para a recuperação óssea.

 

Dependendo do local e da gravidade da fratura, pode-se realizar todas as atividades diárias, como andar, subir e descer escadas, dirigir, sentar normalmente, mas há casos em que é necessário repouso total e até mesmo o uso de órteses pneumáticas (imobilizadores infláveis). A imobilização com gesso, na grande maioria dos casos, não é utilizada.

 

Um trabalho multidisciplinar é fundamental para o tratamento completo, havendo casos de necessidade de correções nutricionais e hormonais, entre outros. O tratamento cirúrgico é muito raro.

 

 

FISIOTERAPIA. A fisioterapia atua já no início do tratamento, no controle da dor e do edema. Alongamentos são muito importantes e a manutenção do condicionamento cárdio-respiratório pode ser trabalhada em piscina, evitando cargas excessivas e estresse no membro afetado.

 

A eletroestimulação também é muito utilizada na fisioterapia com excelentes resultados, gerando contrações musculares através de estímulos elétricos. Os exercícios isométricos (contrações musculares realizadas sem a movimentação do membro) são ótimos aliados para a manutenção da força e do trofismo do músculo e não causam sobrecarga.

 

Com o fim da queixa de dor, inicia-se um trabalho de correção da postura, das alterações musculares (fraquezas, encurtamentos) e retorno gradual ao esporte. Até que toda a atividade seja retomada é importante evitar correr em solos muito duros.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS. Os profissionais da saúde conhecem muito bem a ansiedade do atleta em atingir metas, participar logo de maratonas sem ter a preocupação com seu atual condicionamento físico. Portanto, não deixe de procurar um ortopedista e realizar o tratamento fisioterapêutico, bem como realizar o acompanhamento com outros profissionais, se necessário.

 

A recuperação completa de lesões anteriores, a progressão lenta da intensidade da atividade, tênis e locais adequados para a prática esportiva são fundamentais na prevenção da fratura por estresse.

 

O mais difícil para o atleta é respeitar as fases de repouso, que são essenciais não apenas para a remodelação óssea (como vimos), mas também para o corpo como um todo. Respeite esse momento! Seu repouso hoje, o afastamento dos treinos e a não participação em uma prova vão lhe garantir muitas corridas após sua recuperação. Pense nisso!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Queniano Geoffrey Mutai faz o tempo mais rápido da Maratona de Boston

Atleta vence a 115ª edição da tradicional prova americana com a marca de 2h03m02s. No feminino, Caroline Kilel leva a melhor em chegada dramática

O queniano Geoffrey Mutai venceu a 115ª edição da Maratona de Boston nesta segunda-feira no tempo mais baixo da história da prova, com a marca de 2h03m02s. O africano, inclusive, baixou em quase um minuto o recorde mundial do etíope Haile Gebrselassie, de 2h03m59s, conquistado em Berlim, em 2008. O resultado do queniano, no entanto, ainda precisaria ser homologado pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

maratona de boston (Foto: AP)
Mutai (à direita) só ganhou distância dos concorrentes nos quilômetros finais (Foto: AP).

Na disputa entre as mulheres, a queniana Caroline Kilel levou a melhor na reta final sobre a anfitriã Desiree Davila, que não conseguiu interromper o jejum sem vitórias de atletas americanas na prova feminina desde 1985.

Briga entre quenianos e americanos

maratona de boston Caroline Kikel  (Foto: Getty Images)
Caroline Kikel foi a mais rápida entre as mulheres
(Foto: Getty Images)

Mutai deslanchou na frente no terço final da corrida e teve que brigar até os últimos metros com o compatriota Moses Mosop, que estreou em maratonas nesta segunda com o tempo de 2h03m06s. Após a dobradinha queniana, o americano Ryan Hall completou os 42,195 km da prova em  2h04m58s e chegou na terceira colocação.


A chegada da prova feminina foi emocionante. Faltando três quilômetros para o final, as quenianas Caroline Kilel e Sharon Cherop e a americana Desiree Davila se alternavam na liderança. Só que, nos metros finais, com apenas Kilel e Davila no páreo, a africana conseguiu dar um gás extra para cruzar a linha de chegada com o tempo de 2h22m36s, dois segundos à frente da anfitriã. Cherop completou o pódio, na terceira colocação, com 2h22m42s.



Por GLOBOESPORTE.COM Boston, Estados Unidos
18/04/2011 13h24 - Atualizado em 18/04/2011 14h07




domingo, 17 de abril de 2011

Recordes em Londres

Queniano Emmanuel Mutai vence tradicional maratona britânica e estabelece melhor marca do percurso. Marilson bate recorde pessoal e é quarto.



Emmanuel Mutai.





O queniano Emmanuel Mutai venceu neste domingo, dia 17 de abril, a Maratona de Londres e estabeleceu o quarto melhor tempo da história dos 42 km, cruzando a linha de chegada em 2h04min39s.
A marca tornou-se também a melhor do trajeto britânico, superando as 2h05min10s de Samuel Wanjiru em 2009.

"Eu estou muito feliz, pois já terminei em quarto duas vezes e em segundo ano passado. Meus sonhos tornaram-se realidade.
Eu sempre tive na cabeça vence uma das grandes maratonas do mundo", falou o vencedor, que ficou perto do recorde mundial de 2h03min59s de Haile Gebrselassie.

Mutai foi seguido por seus compatriotas Martin Lel, com 2h05min45 e Patrick Makau, com 2h05min45s.
acO brasileiro Marilson Gomes dos santos foi quarto, com 2h06min34s, alcançando sua meta e superando seu recorde pessoal de 2h08min37s.

Entre as mulheres, vitória para a queniana Mary Keitany, com 2h19min19s. A russa Liliya Shobukhova ficou na segunda colocação, com 2h20min15s e a queniana Edna Kiplagat terceira, com 2h20min46s.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Marilson quer recorde pessoal em Londres


Principal fundista brasileiro da atualidade tentará diminuir seu tempo nos 42 km da maratona da capital britânica, que será no próximo domingo (17)


No próximo domingo, dia 17 de abril, milhares de corredores participarão de mais uma edição da tradicional Maratona de Londres, na Inglaterra. E entre os que disputarão a ponta estará Marílson Gomes dos Santos, bicampeão da Maratona de Nova York, que terá um desafio pessoal: correr a maratona mais rápida de sua carreira.

Principal fundista do Brasil na atualidade, o brasiliense tem como melhor tempo nos 42 km a marca conquistada na mesma Maratona de Londres em 2007: 2h08min37s. "Minha expectativa é boa. Estou me sentindo bem, fiz todos os treinos que deveria fazer. E agora é tentar correr a maratona para um tempo abaixo do meu melhor, de 2h08. Vou tentar ser rápido", disse Marilson. 

Muito procurada por atletas que têm a mesma meta de Marilson, pelo percurso plano e clima ameno, a prova é considerada, por Adauto Domingues, treinador do atleta, a ideal para sua melhora de tempo. "O percurso de Londres está entre os mais rápidos das maratonas. A temperatura nesta época do ano costuma variar de 8 a 12 graus entre o início e o fim da prova. Além disso, a organização disponibiliza "coelhos" para o primeiro e o segundo grupos de corredores", falou.

domingo, 10 de abril de 2011

Corrida do SESC em Marechal - 03 de Abril

Neste domingo, dia 03 de abril, aconteceu o Circuito Sesc de Corrida e Caminhada de Rua em Marechal Rondon. Vários foram os corredores da cidade e da Acorrerondon que participaram e subiram ao pódio.
Destacam-se a Rosane Kunzler, Rosane Haboski, Maura da Costa, Isoldi Kolm, Jean Michel da Silva, Friedmann Watzel, Jorge Ramos (5km), Marcelo Tiz (5km) e Altair Storti, pelos podios conquistados.

Parabéns ao Wilmar Winter, Roberto Pelá, Antonio Peixoto da Silva, Gilmar Debus e Marcondes Silva entre outros pela participação nas suas provas.

Seguem algumas fotos tiradas por Francisco Scorza, que esteve no carro de apoio da Unimed.













Todos os resultados podem ser obtidos pelo site do Sesc 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

III RÚSTICA DE CAIBI - SC

CORRIDA 5km. Maratoninha      Data: dias 04 /06/2011
Horários: 15:00 Maratoninha e Rustica as 16:00
Praça da Igreja Matriz de Caibi.      Inscrição: gratuitas



- Os 1º , 2º , 3º , 4º e 5º colocados, masculino, geral CORRIDA 05Km serão premiados com dinheiro.
Os 1º colocados, masculino das categorias por faixa etária serão premiados com um troféu correspondente a sua colocação e dinheiro
Masculino - 15 a 19 anos; 20 a 24 anos; 25 a 29 anos; 30 a 34 anos; 35 a 39 anos; 40 a 44 anos; 45 a 49 anos; 50 a 54 anos; 55 a 59 anos; 60 a 64 anos acima de 65 anos (somente masculino).uma única categoria.
PREMIAÇÃO
Os participantes inscritos no tempo determinado que completar a prova sendo do 6 º ao 20 º receberão medalhas no geral. Não haverá medalhas na categoria.

- Geral Masc
1º colocado - R$ 400,00 + troféu.
2º colocado - R$ 300,00 + troféu.
3º colocado - R$200,00 + troféu.
4ºcolocado - R$150,00 + troféu.
5ºcolocado - R$100,00 + troféu.

FEMININO
1º colocado - R$200,00 + troféu.
2ºcolocado - R$150,00 + troféu
3ºcolocado - R$100,00 + tr0feu
4ºcolocado - R$70,00 + troféu.
5ºcolocado - R$70,00 + troféu.
Do 6 º lugar ao 15 º medalhas na geral. Não haverá premiação por categoria.

CORRIDA DE 5 Km  Somente atletas de Caibi. não haverá premiação por categoria.
Local:   Geral Masc. e Fem.:

1º colocado - R$ 250,00 + troféu.
2º colocado - R$ 120,00 + troféu.
3º colocado - R$ 70,00 + troféu.